Pergunte ao futurista da #InternetOfEverything: “Como o futuro da tecnologia se integrará aos nossos cinco sentidos?”

Em minha função como o principal futurista da Cisco, recebo muitas perguntas sobre o que nos aguarda no futuro e como novas tecnologias e soluções emergentes mudarão nossas vidas.Não deixe de conferir os blogs e vídeos Pergunte ao futurista da #InternetOfEverything sobre os avanços da tecnologia de baterias, o futuro dos smartphonese novos modelos de varejo.

O filósofo grego Aristóteles inicialmente classificou os cinco sentidos da percepção humana: visão, olfato, paladar, tato e audição em De Anima, uma obra importante que explora como interpretamos a realidade.

Atualmente, as crenças de Aristóteles sobre os sentidos permanecem verdadeiras: os sentidos nos ajudam a obter um melhor entendimento do mundo ao nosso redor. E, uma vez que a Internet de Todas as Coisas (IoE) conecta mais pessoas, dados e coisas, a tecnologia emergente e a rede para comportar essa tecnologia estão desempenhando uma função cada vez mais importante em nosso desenvolvimento e capacidades sensoriais.

Novas soluções dependentes da tecnologia tátil, sensores e protocolos de transmissão de dados em tempo real, não exigem mais que toquemos ou mesmo vejamos a tecnologia para interagirmos com ela. Essas inovações, juntamente com o poder da Internet de Todas as Coisas, estão criando experiências inovadoras para nós – e uma nova maneira de vermos, ouvirmos, usarmos o olfato, saborearmos e tocarmos nosso mundo.

Na publicação atual Pergunte ao futurista da #InternetOfEverything, responderei à pergunta de Kurt, aluno da representante da Cisco, Karen Woodard, que aborda esse tipo de evolução de tecnologia sensorial habilitada pela IoE. Kurt pergunta:

Pergunta: “Como o futuro da tecnologia se integrará aos nossos cinco sentidos?”

Resposta: Excelente pergunta, Kurt. É claro que interagimos com nosso mundo através de nossos sentidos. De fato, tudo o que sabemos sobre nosso mundo resulta do que nossos sentidos nos dizem e, hoje em dia, interagimos, embora não exclusivamente, com a tecnologia através de telas sensíveis ao toque, teclados ou mouses. Em outras palavras, temos que nos adaptar à tecnologia.Mas a tecnologia se adaptará muito mais a nós conforme a sua evolução.

Por exemplo, o aumento das tecnologias controladas por gestos físicos e voz está avançando para se tornar mais contextual. A empresa de consultoria NPD DisplaySearch está prevendo um rápido aumento para essas tecnologias nos próximos anos. A empresa prevê que aproximadamente 330 milhões de dispositivos ativados por gestos serão entregues em 2015. Não falta muito para que até mesmo um pensamento ajude a controlar seus dispositivos por meio de interfaces cerebrais.

Outro exemplo é o desenvolvimento da visão. Em breve, olhos substitutos nos proporcionarão novos recursos visuais. Recentemente, a Second Sight desenvolveu o Argus II, um implante coclear para pessoas com deficiência visual. Ele se parece com óculos para computação, como o Google Glass, mas envia as imagens detectadas pela unidade de processamento visual do dispositivo para um pequeno conjunto de eletrodos implantados na retina do usuário.

Além disso, avanços na tecnologia tátil, que cria uma sensação virtual de toque, estão reunindo interações digitais e físicas para permitir recursos mais relevantes do que simplesmente a comunicação por meio dos recursos de áudio e vídeo tradicionais. Por exemplo, um dispositivo em nossos ouvidos poderia disponibilizar a tradução de idiomas em tempo real e seríamos capazes de tocar coisas que não estão fisicamente presentes, por meio da tecnologia tátil remota. Na realidade, o tato remoto tem sido descrito como algo que produz para o tato aquilo que a computação gráfica produz para a visão. Alunos da University of Bristol, na Inglaterra, estão adotando essa tecnologia e trabalhando em um projeto denominado UltraHaptics, que proporciona uma sensação flutuante através de vibrações de ultrassom, que pode causar um grande impacto em como interagimos com os dispositivos e com as informações que recebemos deles.

Esses desenvolvimentos são apenas uma amostra do que está reservado para os próximos anos. Além do óbvio fator de satisfação da tecnologia tátil e dos olhos substitutos, essas inovações e muitas outras oferecem implicações diretas para vários mercados, como fabricação, telemedicina e muitos outros. Uma infraestrutura para comportar essa tecnologia é essencial, visto que ela possibilita experiências mais profundas e imersivas.

O que você fará com o aperfeiçoamento do desenvolvimento sensorial em um mundo da Internet de Todas as Coisas? Compartilhe comigo na seção de comentários a seguir.

Você tem uma pergunta para @DaveTheFuturist? Participe da conversa usando #InternetOfEverythinge #AskTheFuturist. Se você perdeu minhas publicações anteriores no blog Pergunte ao futurista da #IoE, dê uma olhada:

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